Razões para amar: Alexandre Nero


     Alexandre, o grande, rei da Macedônia. Nero, o imperador romano. Alexandre Nero, o artista underground curitibano, romântico descarado pós-moderno, estrela global que cativa um público que não entende suas piadas. Não é só do grande ator, nem do imperador fictício que partem os principais motivos para admirar o pequeno ogro Alexandre. É do seu blog. Você já visitou seu blog? NeroNeura. É das suas palavras escritas e cantadas, pronunciadas e escrachadas sobre qualquer assunto que surgem razões infinitas para se inspirar. Destacaria o texto “Bobos, roubos e robôs” em que ele fala sobre a maneira robótica como o ser humano presta serviços a outro ser humano e questiona o quanto de humanidade ainda resta em nós. Os robôs podem não reconhecer um ao outro sem programação, mas os homens sim, e é num artista que pessoalmente desconheço que eu me reconheço.

Bobos, roubos e robôs

     A carreira televisiva o expõe a opiniões que nem sempre o agradam, ou melhor, que raramente o agradam. E ele diz o que pensa, apaga o que disse, justifica porque apagou e brinca com o público que segue suas tiradas. Alexandre não é montado, não é deslumbrado com o status que abraça, é um sujeito de cabeça fresca e pensante, provocador de variações, um artista que questiona. E não é essa a essência da arte afinal? O questionamento? Ele (re)vende o amor, não só o amor romântico, o amor à vida, justamente o que está tão em falta no mercado. E nas canções sobre a simplicidade do sentimento, encontramos tranquilidade e sinceridade. Música boa, música para ser apreciada, para ser pensada e principalmente, sentida.


     Nas entrevistas para programas diversos, a autenticidade e a forma natural como Alexandre se expressa fazem com que o espectador se sinta num bate papo descontraído e inteligente, desses que acontecem poucas vezes na vida e que mudam sua visão sobre dezenas de coisas. É prazeroso ouvir suas convicções, pensar sobre elas. Sem mencionar os atributos físicos que coroam os olhos de quem o vê. Nero não é o típico galã nos padrões que foram impostos desde o início da televisão até hoje, mas o charme absurdo e o carisma que ele carrega no sorriso tímido, por vezes, cínico, fazem derreter qualquer coração feminino e bagunçar os padrões estéticos.


     Alexandre Nero é aquele cara com quem você sonha tomar um chope enquanto discute os absurdos do mundo e compõe uma música sobre a leveza do amor. Ele tem o amargo e o doce, o simples e o intenso, a dualidade que empresta ao amado e odiado Romero Rômulo. Ator, escritor, músico, ser pensante e ser que sente.


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